A Secretaria de Estado da Saúde (SES) de São Paulo confirmou, por meio do Instituto Adolfo Lutz (IAL), a presença de norovírus em amostras de fezes humanas coletadas nas cidades do Guarujá e Praia Grande, na Baixada Santista. O agente infeccioso, conhecido por causar gastroenterites, tem alarmado autoridades de saúde pelo avanço no número de casos e risco de propagação para o interior do estado e outras regiões do Brasil.
Mais de 7.500 casos no litoral paulista
De acordo com um levantamento divulgado pela CNN, o surto de gastroenterites associado ao norovírus já ultrapassou 7.500 casos na Baixada Santista. Os sintomas incluem náuseas, vômitos, diarreia e dores abdominais, frequentemente confundidos com outras viroses, mas com impacto significativo na saúde pública.
Estas informações são importantes para orientar o tratamento dos pacientes. No entanto, estamos investigando, em conjunto com a Cetesb, Sabesp e os municípios da Baixada Santista, a fonte que causou esta infecção.
Contaminação e riscos de transmissão
O norovírus é transmitido principalmente pela ingestão de alimentos ou água contaminados com partículas fecais, especialmente em áreas com esgoto tratado inadequadamente. No caso das praias afetadas, a contaminação da água do mar e de alimentos consumidos in natura, como frutos do mar, é a principal hipótese para a disseminação da infecção.
Especialistas alertam que a densidade populacional das cidades da Baixada Santista e o aumento do fluxo turístico no verão são fatores que podem intensificar a transmissão. Além disso, a possibilidade de migração do surto para o interior do estado, por meio de viajantes infectados, preocupa as autoridades.
Ações emergenciais e prevenção
Para conter o avanço do surto, a SES-SP iniciou ações conjuntas com órgãos de saneamento e municípios, além de reforçar orientações à população. As principais medidas preventivas incluem:
• Lavar as mãos com frequência, principalmente antes de preparar alimentos e após ir ao banheiro.
• Evitar consumir água e alimentos de procedência duvidosa.
• Manter atenção às condições sanitárias de praias e estabelecimentos turísticos.
A Cetesb e a Sabesp intensificaram a análise da qualidade da água na região, enquanto as autoridades municipais revisam os sistemas de tratamento de esgoto.
Alerta nacional
Embora o surto esteja concentrado no litoral paulista, especialistas alertam para a necessidade de monitoramento em outras regiões. O aumento da mobilidade urbana e turística eleva os riscos de disseminação, especialmente em cidades sem estrutura adequada para lidar com emergências sanitárias.
Com as investigações em andamento, espera-se que as autoridades estaduais divulguem, em breve, novos dados sobre a origem e os desdobramentos do surto. Enquanto isso, a população deve permanecer atenta às medidas de prevenção e ao alerta das autoridades locais.
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