Sou Renan Augusto Cardoso, 38 anos, formado em Publicidade e Propaganda, atuo como broker nacional e internacional de café. Sou filho de Márcia Zampar Jorge e Cairo Lúcio Cardoso. Meus pais se separaram quando eu tinha 4 anos de idade. A partir daí, comecei a morar com a minha avó, Nair Zampar Jorge, por quem tenho muito carinho e gratidão. Ela me criou junto com o meu irmão, Cairo Lúcio Cardoso Filho. Também tenho duas irmãs: Lara Caroline Cardoso (filha do meu pai) e Ana Luiza Zampar Quintana Gomes (por parte de mãe).
Na infância sempre fui uma criança muito energética, gostava muito de esportes, de jogar futebol. Estudava no colégio D. Inácio (mas não gostava muito de estudar kkk). Minha aula favorita era Educação Física. Todo final de semana, praticamente, eu ia pescar e andar a cavalo com o meu irmão e meu pai na fazenda dele.
Quando cresci, passei a estudar no Objetivo NHN, mas nenhum professor me marcou. Na época, fiz bons amigos que carrego até hoje e que foram importantes para o meu desenvolvimento. Frequentava muito o Country Club e o Clube de Campo. A minha época do ano favorita era o Carnaval, quando a cidade ainda tinha carnaval de rua e blocos entre amigos. O meu chamava “Correria”.
Fiz Publicidade e Propaganda na AhembiMorumbi, em São Paulo, de 2006 a 2010. Na época, achava que era o curso ideal para mim. Mas depois percebi que tinha que mudar a rota.
Deixei Guaxupé para vir estudar em São Paulo. Lembro que quando cheguei, dividia o apartamento com amigos de Guaxupé, o que foi muito importante para ajudar nos custos e ambientar na cidade. Comecei a trabalhar no primeiro semestre da faculdade - trabalhava de dia e estudava à noite. Meu primeiro emprego foi em uma agência de publicidade. Lá eu passei por todas as áreas para entender qual delas tinha mais a ver comigo – e acabei escolhendo a criação. Depois de dois anos, saí de lá e montei a minha própria agência, em 2008, com o suporte dos meus pais. Veio a crise global e tive que acabar fechando em 2009. Voltei para o mercado, trabalhando em outra agência. Fiquei lá por quatro anos, quando defini que não estava alinhado com o mundo publicitário.
Depois disso, conversei com o meu pai – que é produtor de café e sempre trabalhou no ramo – para tentar entender como ele poderia me ajudar a entrar nesse mundo que sempre me interessou. Isso porque, desde pequeno, como falei, frequentava a fazenda de café dele nos finais de semana. Após essa conversa, ele sugeriu que eu deveria aprender a falar inglês para trabalhar na área comercial - área que ele e eu vimos que eu tinha mais aptidão.
Assim, em 2013, fui morar nos Estados Unidos para ter aulas da língua. Fiquei seis meses em San Diego, na Califórnia, e seis meses em Nova iorque.
Quando voltei para São Paulo, em 2014, comecei a trabalhar na Syngenta – uma multinacional de defensivos agrícolas. Lá, eu fiquei por quase 9 anos e evoluí muito profissionalmente, me tornando um trader de café nacional e internacional. Eu era responsável por fazer a comercialização e conexão entre produtores brasileiros e torrefações internacionais.
Após esse período, decidi sair da Syngenta e montar a minha própria corretora de café, que acabou de completar dois anos. Na mesma época que saí da empresa conheci a Flávia Martins, jornalista de São Paulo. Hoje somos noivos e esperamos construir uma família linda em breve.
Hoje moro em São Paulo e sou proprietário da minha própria corretora, a Catuaí Corretora, quem tem laboratório de qualidade em Varginha. O meu trabalho é fazer a conexão entre compradores e vendedores de café - nacionais e internacionais. O meu maior cliente fica no leste europeu e os meus vendedores ficam nas grandes regiões produtoras de café do Brasil – MG, Mogiana, Cerrado, Espírito Santo. O meu objetivo é escalar a empresa, aumentar o volume e me consolidar cada vez mais como empresário do ramo de café brasileiro.
Apesar de ter sido criado pela minha avó, meus pais foram muito presentes e me deram todo o suporte afetivo e financeiro para a construção da pessoa que sou hoje. Minha mãe foi fazer faculdade fora, mas sempre que tinha oportunidade, estava conosco em eventos de escola. O meu pai, que também teve que trabalhar fora de Guaxupé por um período, sempre se esforçou para estar comigo e meu irmão nos momentos mais importantes, além de ter sido um professor na arte do Café e um apoiador que financiou as melhores escolas e cursos internacionais para que eu atingisse o meu atual nível profissional. Sou muito grato por tê-los presentes até hoje, compartilhando o dia a dia.
Minha mensagem é que nunca é tarde para mudar a rota da sua vida. Por mais que você tenha planejado ir por um caminho, sempre há tempo para refletir sobre a sua verdadeira paixão e vocação, pois é ela que, no final das contas, vai trazer a realização profissional e o sucesso.
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