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Da Redação

Por onde você anda, João Marcos Ribeiro Monteiro Fernandes?


Sou João Marcos Ribeiro Monteiro Fernandes, tenho 34 anos. Me formei em Administração de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atualmente trabalho com vendas de instrumentos geotécnicos para o mercado de mineração e energia na região oeste do Canadá. Sou filho de Isaías Fernandes e Ana Maria Monteiro e tenho duas irmãs, Ana Alice e Ana Flavia.


Minha infância é repleta de boas lembranças. Lembro-me bastante dos primeiros anos na escola, mais especificamente no Arco-Íris, que estava localizada onde era a “casa do Marcos Frota”. Lembro-me da professora Veridiana e também da Adriane Corrêa. Elas tinham muito carinho e fizeram um trabalho muito bom com os alunos. Acho que minha primeira lembrança de festa junina foi de quando a escola utilizou o Estádio Carlos Costa Monteiro (Esportiva) para comemoração.


Também me lembro com carinho quando acompanhar meu tio, Marcos Monteiro, no dia-a-dia da fazenda e quando passávamos no Sindicato Rural para ver como estavam as coisas com o Maé, e na Cooxupé, onde sempre ouvia: “vai lá ver quanto está o café e me avisa”. Se bem que ainda o acompanho sempre que posso.


Durante a adolescência, estudei no Colégio Objetivo e tive a experiência de ser aluno de minha mãe. Foi legal, mas quando me saía bem nas provas dela, meus amigos brincavam que eu estava sendo protegido. Foi divertido.


No ensino médio, recordo de Maria Inês Sá que sempre nos tratou com muito carinho e paciência para lidar com a “aborrencência”. Foi a época que comecei a sair e aproveitar a noite guaxupeana. Muitas vezes acompanhava meus primos Tiago Borges ou o Mario Valle. Eles tinham que me carregar e estava eu lá atrapalhando as noites deles. Era a época do Armazém e do bar Dona Heliodora.


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Outra lembrança muito boa é da Turma do Biribol. Eu e o Betinho (do Fogão Caipira) acompanhávamos o pessoal “um pouco mais velho” e jogávamos biribol na Acqua Terapia. Mas, na verdade, o forte eram os churrascos e as festas que a turma organizava. Ótimas lembranças de muitas Expoagros, alguns carnavais. Ótimos tempos.


Como já citei, cursei Administração de Empresas no Mackenzie de 2005 a 2009. Dividia apartamento com um grande amigo, Carlos Eduardo Gomes, também de Guaxupé e temos algumas boas historias de lá. Outra grande amiga guaxupeana, que também estudava no Mackenzie, era a Paula Pelozzo. Todos os domingos era sagrado nosso almoço no mesmo restaurante com filé à parmegiana.


Depois que concluí minha graduação, voltei para Guaxupé e tive a oportunidade de trabalhar na SIAC, em Guaranésia. Uma excelente empresa a qual tenho muita gratidão. Neste período, comecei a ter contato com clientes internacionais e tive que realmente aprender a língua inglesa. Nesta necessidade, o Chris Vranceanu (“Que se passa”) me ajudou muito, foi um excelente professor.


Além disso, tive o interesse de fazer um intercâmbio para aprimorar meu inglês. Nesta época, minha prima Carina Nose, também guaxupeana, estava aqui em Vancouver e falou: “pode vir que aqui é bom e você tem onde ficar”. Porém, a empresa estava passando por uma transição para um grupo americano. Posterguei um pouco esse plano da viagem e com grande ajuda do gerente que tinha na época, Heleandro Silva, consegui uma transferência temporária para uma empresa do mesmo grupo, no Canadá. Por sorte, estava localizada em uma cidade vizinha a Vancouver. Inicialmente seriam 3 meses, mas acabamos prorrogando a estadia nesta empresa por quase 2 anos. Voltei a SIAC, em Guaranésia, em 2015 e fiquei mais algum tempo por lá.


Conheci minha esposa, Bárbara Macedo, na minha primeira passagem aqui no Canadá. Ela também é brasileira e mineira, só que de Uberlândia. E, no ano passado, tivemos nosso primeiro filho, o Arthur.



Em 2018 recebi um oferta de emprego para voltar ao Canadá. Foi um pouco complexo a questão de imigração, mas depois de longa espera, conseguimos os vistos e pudemos iniciar a vida por aqui novamente. Residimos em Vancouver na província de British Columbia. Atualmente, trabalho em uma empresa chamada RST e sou um dos responsáveis por vendas no setor de Mineração e Energia (óleo e gás). Sempre que encontro brasileiros por aqui e falo que sou de Guaxupé. Muitos dizem que conhecem a cidade e que já foram na Expoagro.

Enfim, os aprendizados são muitos: uma cultura diferente e novos costumes. E uma boa experiência, na maioria das ocasiões, mas algumas vezes, existem alguns choques culturais. É muito válido explorar novas oportunidades e encarar novos desafios. Porém, é essencial um planejamento e pensar diferentes caminhos para alcançar novos objetivos.


Agradeço ao Ricardo Dias pelo convite. Sempre acompanho a coluna e fiquei feliz por ser lembrado. Gostaria de compartilhar um pouco da minha última visita à Guaxupé. Estive na cidade no começo deste ano. Foi uma estadia um pouco rápida e, infelizmente, não consegui rever todos os familiares e amigos. No caminho entre São Paulo e Guaxupé estava bem cansado da longa viagem, porém, ao passar pelo trevo de São José do Rio Pardo e começar a ver mais plantações de café nas montanhas e alguns lugares familiares, me trouxe um sentimento muito bom. Sentimento de estar chegando em casa novamente. Tenho certeza que nossa cidade e nossa gente são muito especiais!


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