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Da Redação

Nitazoxanida é eficaz contra o coronavírus?

Alerta: não existe nenhum estudo científico publicado sobre o uso ou eficácia da nitazoxanida no tratamento da COVID-19. Também ainda não há nenhum estudo clínico em humanos aprovado para o medicamento. Nitazoxanida (annita) é um medicamento controlado e sua venda é somente realizada com prescrição médica em receituário de controle especial



O Ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação Marcos Pontes anunciou em coletiva, realizada nesta quarta-feira (14/4), que teste in vitro realizados no laboratório do CNPEM demonstrou que um fármaco possui 94% de eficácia em ensaios com células infectadas pelo novo coronavírusSARS-CoV-2.


Durante coletiva o ministro disse que não iria mencionar o nome do medicamento para evitar uma correria em torno de um medicamento sem ter a certeza de que ele irá funcionar, como aconteceu anteriormente com a cloroquina que até fez com que medicamento esgota-se nas farmácias.


Após a coletiva alguns portais de notícias e pessoas na internet começaram a compartilhar que o medicamento era a nitazoxanida, vendida com o nome comercial de Annita, ou a ivermectina. Inclusive algumas pessoas sugeriram de forma equivocada a dose e como as pessoas deviam tomar.


Devemos alertar que até o momento não há nenhum estudo sobre o uso da nitazoxanida no tratamento da COVID-19, e mesmo que o medicamento tenha demonstrado eficácia em testes in vitro isto não significa que ele seja eficaz em humanos.


Nenhum medicamento deve ser utilizado sem indicação do médico ou farmacêutico e em caso de dúvidas a população deve procurar orientação desses profissionais.


Muitas moléculas são testadas in vitro, durante o desenvolvimento de novos medicamentos, e até mesmo aquelas que possuem excelentes resultados nunca chegam de fato a virarem medicamentos, porque quando passam para os testes em humanos demonstram ser ineficazes.


A nitazoxanida é um anti-helmíntico antiparasitário, de amplo espectro, aprovada pela Anvisa apenas para tratamento de gastroenterites virais provocadas por rotavírus ou norovírus, helmintíases, amebíase, giardíase, criptosporidíase, blastocistose, balantidíase e isosporíase. Inclusive o medicamento possui contraindicações, ele não deve ser usado por pessoas com doenças hepáticas ou com doença renal.


Durante coletiva Luiz Henrique Mandetta disse que foi procurado pelo ministro Marcos Pontes com a sugestão de usar um vermífugo para combater o coronavírus, ele disse “tem um anti-helmíntico, dizendo que essa linha aqui, que é um vermífugo. Mata muito bem in vitro. E agora vai começar os testes em pessoas. Vermífugo mata vírus. A cloroquina mata vírus”, declarou.

De acordo com o CNPEM, o nome do fármaco, que tem baixo custo e ampla distribuição no território nacional, será mantido em sigilo até que os resultados de testes clínicos sejam concluídos.


Texto por Fábio Reis para PFARMA

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