Conhecida como o câncer do sangue, a leucemia atinge os glóbulos brancos e tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea. A conscientização e o diagnóstico precoce, podem ser fundamentais para que o tratamento seja bem sucedido.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a leucemia é a neoplasia mais frequente em crianças e uma das mais comuns no mundo, possuindo mais de 12 tipos, sendo os quatro primários leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL). Ainda segundo o INCA, no Brasil são diagnosticados anualmente cerca de 11 mil novos casos da doença.
“Com base na velocidade em que a doença evolui podemos classificá-la como crônica ou aguda, sendo a primeira, quando está em fase inicial e as células leucêmicas ainda conseguem fazer algum trabalho dos glóbulos brancos normais e a segunda, quando essas células não podem fazer nenhum trabalho das células sanguíneas normais e esse número cresce rapidamente”, explica Sarah Bassi, Hematologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto.
Os sintomas da leucemia são diversos e estar atento aos primeiros indícios da doença pode ajudar para que o diagnóstico seja ainda no início, aumentando as chances de um tratamento bem sucedido. “O paciente pode apresentar gânglios linfáticos inchados, sem dor, principalmente na região do pescoço e das axilas; febre ou suores noturnos; perda de peso sem motivo aparente; desconforto abdominal e dores nos ossos e nas articulações. É importante ressaltar, que o acúmulo de células defeituosas na medula óssea, é responsável por alguns outros sintomas. Com a diminuição dos glóbulos vermelhos, por exemplo, o paciente desenvolve anemia, cujos sintomas são: fadiga, falta de ar, palpitação, dor de cabeça, entre outros. Já quando ocorre a redução dos glóbulos brancos, provoca baixa na imunidade, deixando o organismo mais sujeito a infecções. E a diminuição das plaquetas causa sangramentos, sendo os mais comuns das gengivas e do nariz”, completa a médica.
Sarah Bassi explica ainda que, em sua maioria, os casos não podem ser evitados. “Diferentemente de outros tipos de câncer, grande parte dos pacientes que desenvolvem leucemia não apresentam nenhum fator de risco conhecido que possa ser modificado, ou seja, não podemos evitar. Então fica o alerta para que, diante da suspeita de um quadro de leucemia, o paciente procure imediatamente um hematologista e realize exames para avaliação médica específica”, finaliza.
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