Guaxupé vive madrugada de terror com ataque a banco; autoridades realizam coletiva na Prefeitura

A cidade de Guaxupé enfrentou momentos de pânico na madrugada desta terça-feira (8), após uma quadrilha fortemente armada invadir e atacar a agência da Caixa Econômica Federal, localizada na região central do município.

Moradores foram acordados por tiros, explosões e gritos que tomaram conta das ruas, numa ação criminosa que durou vários minutos e deixou a população em estado de choque.

No início da tarde desta terça-feira, autoridades se reuniram na Prefeitura de Guaxupé para uma coletiva de imprensa, onde detalharam as primeiras ações de segurança e investigação.

Participaram o prefeito da cidade, Jarbas Corrêa Filho, representantes da Polícia Militar, Polícia Federal e o Delegado-Geral da Polícia Civil de Minas Gerais, Marcos Pimenta, que veio pessoalmente coordenar os trabalhos.

“Não houve vítimas civis nem militares”

Segundo Marcos Pimenta, o primeiro passo foi verificar se havia feridos. “Nossa prioridade imediata foi saber se tínhamos algum civil ou policial ferido. Felizmente, ninguém foi atingido. Um policial militar teve apenas um corte leve na mão enquanto trabalhava, nada grave”, afirmou o delegado.

Ação coordenada e integração das forças de segurança

Pimenta explicou que a Polícia Civil foi notificada logo após o ocorrido e que se deslocou prontamente para Guaxupé. “Coordenamos uma operação com a Polícia Federal, Polícia Militar e os peritos, e fizemos uma varredura no local. O isolamento foi feito para que os especialistas pudessem entrar na agência e coletar o maior número possível de evidências, como digitais e material genético.”

O delegado também informou que, por se tratar de uma agência da Caixa Econômica Federal, o caso tem atribuição federal, mas que há total integração entre as forças.

“Estamos trabalhando juntos, sem vaidades institucionais. O comandante-geral da Polícia Militar e a chefia da Polícia Federal foram acionados imediatamente. Um avião com peritos federais e investigadores foi enviado de Belo Horizonte para apoiar as diligências em Guaxupé.”

Cinco veículos localizados e perícia em andamento

A operação policial localizou cinco veículos suspeitos de terem sido utilizados na fuga da quadrilha. Eles foram isolados e passaram por perícia. “É possível que contenham impressões digitais, DNA ou documentos que levem aos criminosos. Esses exames são fundamentais para a sequência do inquérito”, destacou Pimenta.

A agência bancária também será periciada minuciosamente. “Ainda não podemos confirmar o valor levado ou sequer se houve retirada de dinheiro. Os caixas eletrônicos aparentam não ter sofrido grandes danos, mas tudo será avaliado com rigor técnico”.

Perigo evitado: caminhão com botijões

Um dos momentos mais críticos da noite foi a localização de um caminhão carregado com botijões de gás estacionado nas proximidades da agência. “Isso poderia ter provocado uma tragédia ainda maior. Por isso, fizemos uma inspeção visual cuidadosa para garantir que não havia explosivos remanescentes no local”, completou o delegado.

Investigação sem tempo para acabar

O Delegado Marcos Pimenta destacou que mais de 30 policiais civis da região, além de investigadores de Belo Horizonte, estão envolvidos nas apurações. “Não vamos parar enquanto não esclarecermos os fatos. Estamos aqui sem hora para encerrar os trabalhos”, disse.

Apesar do medo que tomou conta da cidade, a resposta rápida e articulada das forças de segurança demonstra que Guaxupé não está sozinha — e que as instituições estão mobilizadas para levar os responsáveis à justiça.